segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O caminho

Porque é que Ele nunca encontra o caminho para casa?
Prefere perder-se em desvios e labirintos... Acha que o desconhecido tem encanto.
O pior é que o deconhecido fica desencantado quando passa a conhecido..
Mas porque não chega Ele ao fim...
O caminho torna-se longo e a espera vai matando lentamente a esperança...

sábado, 4 de dezembro de 2010

Desconhecido

Ele e Ela preparam-se para o temido desconhecido...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

'Tragam-me então a cocaína s.f.f.'

Ela leu algures que o fim de uma relação provocava sintomas fisicos parecidos com a abstinência de um viciado em cocaína. Parece que as zonas do cérebro afectadas são as mesmas e reagem de forma semelhante... E Ela chega à conclusão que o amor é um vicio... ou será uma droga?
É tristeza, falta de apetite, choro compulsivo, querer esquecer e não conseguir, fadiga, pesadelos, insónias, astenia alternada com agitação, isolamento quando se termina uma relação com alguém de quem se gosta, de quem se ama?
Primeiro há um crash (com a cocaína dura entre 9h a 4 dias), um estado de depressão, insónia, irritabilidade, ansiedade, falta de apetite, e um desejo de voltar atrás. Imaginam-se 'filmes' e hipóteses e possibilidades...Quem sabe se não serão apenas ideias paranóides.
Vem depois a abstinência... uma a dez semanas dizem os especialistas em cocaína. E os sintomas são parecidos... Perda da capacidade de ter prazer, mudanças de humor...
Finalmente a extinção... E os especialistas ainda não determinaram o tempo desta fase... É a tão desejada recuperação do estado afectivo.... Os estímulos condicionados pelo consumo desta droga  podem desencadear um estado de necessidade, de busca... E pode acontecer a recaída.
E Ela sabe que não quer uma recaída...Não quer mais ir pela busca do amor...

'Tragam-me então a cocaína s.f.f.'

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Eles

E Ele desacreditou-se dela...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Tocaste o céu?

- 'Foi desta que tocaste o céu?', perguntou-lhe ironicamente olhando para a figura dela caída numas quaisquer escadas.
- 'Ainda não cheguei lá', respondeu Ela a esforço numa voz sumida...
- 'Não sei porque fazes isto a ti própria. Onde estás?'
- 'Não sei, mas ainda não toquei o céu', disse Ela com as lágrimas a cair dos olhos baços.
Desde sempre que Ela dizia que um dia tocaria o céu. Quando era pequena e lhe davam um balão, não raras vezes o deixava fugir no meio de brincadeiras. Invejava-o. Sem saudades de quem tinha partilhado bons momentos, subia, subia, subia. Subia alto num céu que Ela queria tocar.
- 'Um banho frio vai fazer-te bem' e nisto abriu a torneira de água fria de uma banheira imensa, 'acorda, ouve só o que te digo, acorda'.
Não respondeu. Após alimentar a alma com o ópio que a viciava, pensava que chegaria ao céu. Pelo menos não sentia dores. Não sentia. Apenas não sentia.
Entrou na banheira e pediu para ficar só. Deixou-a só mas com a porta aberta 'daqui a pouco venho ver como estás.'
Como estava? Estava num estado de apatia mas ainda sentia os membros descoordenados, os sentimentos desordenados e os pensamentos confusos. Sentia que a vida não a queria, ou será que era Ela que não queria vida.
A água estava realmente gelada. Depois da sensação inicial de desconforto, deixou-se escorregar até ficar submersa. Não respirava, não pensava.
Dois minutos foi veio vê-la. Preocupada com o seu estado de embriaguez do mundo, tinha medo do que poderia fazer inconscientemente. Quando a olhou entrou em pânico. Tirou-a da banheira. Não respirava. Sabia de primeiros socorros e iniciou o suporte básico de vida. Ela recuperou os sentidos. Olharam-se e Ela chorou.
Ouviu-se o barulho de sirenes. Homens fardados colocavam-na numa maca. Ao entrar para a ambulância apenas sussurou 'Toquei o céu'.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Hold on

Ela fugiu do mundo que conhecia. Queria uma nova vida, um novo alguém.
Encontrou-se com a pessoa de sempre.
Despiram-se percorreram-se entraram em êxtase enquanto uma música tocava.
'Fica mais um pouco. Fica comigo' - disse Ele.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

É tarde

É tarde. Ela dá voltas na cama. Não devia ter bebido aquele café, pensa. A cafeína, o vício ao qual não conseguia resistir. ajudava-a a regular os sonos regulados.
É tarde. E ela pensa na vida. No que mais se poderia pensar em horas tardias? Revê o passado e sabe que não vale a pena arrepender-se. O que está feito, feito está. Pensa no futuro. Não sabe como será ou o que a espera. Já não pensa com clareza.
Ao seu lado Ele dorme. Indiferente aos pensamentos dela.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Cumplicidades

Ele chorou.
Ela sorriu e abraçou-o...

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Recordações

Quando as recordações entram de rompante há uma lágrima que rola pelo rosto dela. São coisas que estão recalcadas, pelas quais Ela não quer passar nem em pensamentos.
A vida segue o seu curso normal ou...dito normal. A vida segue e Ela segue com a vida.
Pega nas chaves e sai, não sabe as horas, apenas tem aquelas recordações que de repente lhe surgem sem a avisar. Vagueia. Senta-se no meio do nada. Chora até ficar vazia. Adormece.
É noite e está frio. Desorientada tenta voltar a casa. Encontra o caminho sem se perder.
Cabeça vazia. Deita-se e volta a adormecer.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

melancolia

Ele acha que há dias melancólicos que nem a felicidade do momento se consegue sobrepor a isso...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

O mundo

E é na dormência causada pelo álcool que Ela percebe que a vida não faz sentido tal e qual como está.
Ela gostava de mudar a vida mas dá imenso trabalho e deixa-se ficar embriagada pela rotina do dia-a-dia.
Uma vez Ela sonhou em mudar o mundo... Percebeu que estava sozinha na multidão. Pior que isso, percebeu que Ela para além de mudar teria de mudar-se e se mudar.
A embriagez que o álcool lhe tráz não se compara à dormência que a vida lhe causa.
Por dentro ela grita como que para alertar o seu próprio mundo que ainda está viva.
Por fora parece que a apatia tomou conta dela.
O álcool deixa-a chorar. As lágrimas correm-lhe pela face como se nunca tivesse chorado na vida. Sente-se impotente sem, na verdade, nunca ter tentado.
Desistiu antes de começar.
Uma vez Ela sonhou em mudar o mundo.

terça-feira, 4 de maio de 2010

selo




Obrigada Desidéria

http://morderteocoracao.blogspot.com/


As regras são as seguintes :

- Exibir a imagem do selo no seu blog.

- Exibir o link do blog que você recebeu a indicação.

- Escolher 10,15,30 blogs para dar indicação e avisá-los.



http://laydxinha.blogspot.com/
 
http://marijuana-m.blogspot.com/
 
http://ilusoriascertezas.blogspot.com/
 
(... e a todos os outros que por aqui vão passando)

domingo, 25 de abril de 2010

Noite

Está escuro...
As luzes, milimetricamente espaçadas e de cor amarela, iluminam a estrada por onde Ele passa.
Uma luz, outra luz e outra luz...
Uma luz multiplicada por pequenas luzinhas trémulas e espaçadas mas que iluminam o caminho.
Sim, é de noite.
E Ele segue a estrada. Perdido na vida e orientado no caminho.
A sensação de insegurança, de não saber o amanhã, é tão trémula e ao mesmo tempo tão presente como as luzes milimetricamente espaçadas que lhe iluminam o caminho.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Sonho

(selo oficial do blog My Little Things)


Recebi este selo pela mão da Hapi e agradeço imenso!


O "tema" é o sonho - talvez porque sonhar faz mover o mundo.

As "regras" do selinho são:


Enumerar 3 sonhos que já tenhamos realizado:

- Sorrir apenas porque amo e me sinto amada;

- Começar a trabalhar;

- Fazer alguém feliz.



Enumerar 3 sonhos que ainda moram no nosso coração:

-Ser feliz;

-Mudar o mundo;

-Manter-me fiel a mim mesma.


Oferecer o selo a blogs que nos façam igualmente sonhar:

Um Olhar Pessoal

a story of boy meets girl

Um lugar no tempo
...
Mas claro que há outros maravilhosos blogs por ai! Parabéns a todos pelo trabalho realizado!



Comentar o blog do criador do selo (e se quiserem quem ofereceu).

sexta-feira, 9 de abril de 2010

À noite

Ela dorme serenamente. Ele acordou. Não consegue adormecer. Ele olha-a.
Ela é um furacão, uma tempestade, uma catástofre na vida dele. No entanto aquela calma enquanto Ela dorme traz-lhe tranquilidade. Ele não gosta de desafios fáceis e Ela é definitivamente difícil. Ele conquistou um dos muitos desafios que ainda estão para vir, afinal Ela dorme serenamente ao seu lado.
Talvez ela não seja uma catástrofe. É um caminho, uma solução. É talvez a metade que lhe faltava.
Ela volta-se para Ele, aconchega-se procura-o com o braço, suspira. Encontra-o e adormece profundamente.
Sim, ele sabe que é o porto de abrigo daquele pequeno furacão, conseguem equilibrar-se.
Sim, Ele tem a certeza de que separados não existiriam e de que juntos são um só.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O abismo

Ela queria voar...Abriu os braços e saltou. Pensava Ela que ia voar no meio das nuvens e acabou por se atirar ao abismo.

A vantagem é que Ela descobriu que o abismo é muito fundo e Ela pode até nem chegar lá.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Felizes para sempre

Ela vive num conto de fadas. Foge da realidade. Não quer saber que ao lado dela há quem sofra.
Um conto de fadas.
Na vida real não existe 'Felizes para sempre'.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Luxúria

Ela não se controla no pecado da carne. Deixa-se dominar pelo que chama de paixão. Ela é mulher de muitas paixões e paixões diferentes e paixões da carne.
Não se vende mas satisfaz-se. Ela não sabe ser senão sensual. Ela persegue o desejo de paixão como persegue a vida. Vida de pecado que pode levar a outros pecados. Que perdição! Perdida está já a sua alma nesse que é um dos sete pecados mortais sem qualquer remissão.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Ele mais uma vez

Ele disse que um dia seria feliz!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Noite Fria

Eles cruzam-se em ruas desmedidas.
Noite fria mas corpos quentes.
Ele, solitário, está rodeado de desconhecidos. Ouve as conversas dos desconhecidos. Pensa nas conversas dos desconhecidos. Conversa de si para si sobre si. O êxtase dos sentidos confunde-lhe as palavras. Não consegue manter a conversa, que é apenas sua, de forma coerente. Como se os pensamentos se desfragmentassem e conseguisse pensar em tudo e em nada ao mesmo tempo. Ele fecha os olhos e eleva a cabeça ao céu, começa a sentir o frio na face.
Ela quer esquecer o mundo em que vive. Está com um grupo de amigos, que foram desconhecidos outrora. Agora são apenas parte dela. Na saciedade da sede que lhe provoca tonturas sorri desmesuradamente. Sorri e esquece o mundo em que vive. Vive o agora. Porque no agora não há mais do que aquele sorriso partilhado com pedaços dela mesma. A sede saciada. A tontura presente. Ela fecha os olhos e eleva a cabeça ao céu, começa a sentir o frio na face.
Os dois de costas voltadas, sentem o frio na face.
A noite está fria, os corpos quentes.
Eles não sabem mas estão juntos em ruas desmedidas.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Traição

Ele sabe que o que faz é errado...
Um homem com muito amor para dar, a desculpa para ele mesmo...
Ele sabe que não pode continuar. Que vai acabar por magoá-las. Até porque sabe que a outra está a ficar apaixonada. Ele diz sempre que será a última vez.
Mas volta. Volta em busca de prazer. De um prazer proíbido. Do prazer pelo prazer.
Diz que será a última vez. Afinal tem a esposa à espera. A mulher que decidiu ficar ao seu lado sem pedir nada em troca. Ele não a quer magoar. Ele não quer magoá-las.
Volta para casa. Toma um duche. Abraça-a. Beija-a. O famoso beijo da traição, na forma de se desculpar.
Ela sabe que ele não pode continuar a procurá-la. Ela sabe que não pode continuar a procurá-lo. Há um sentimento estranho que sabe que é proibido sentir. Ela decide desaparecer da vida dele.
A esposa sabe das traições. De todas as traições. Ela sabe exactamente quando foi traída. Sabe o que significa aquele beijo. Ainda assim, deixa-se ficar porque afinal ele regressa sempre.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Separação

Ao contrário do que Ele pensa, Ela não apagou todas as fotos, todas as recordações, todos os momentos. Ele pensa que a ela dói recordar. Ela pensa que Ele não a quer recordar. Deslumbraram-se mutuamente, amaram-se mutuamente, magoaram-se mutuamente.
Choraram ambos porque magoaram, porque foram magoados, porque sabem que as recordações lá estão, porque relembrar também faz chorar.
Comparam-se e comparam situações e pessoas e momentos.
Neste momento a casa onde foram felizes está vazia.
Seguiram caminhos separados. Tentaram recomeçar de novo.
Agora Ele está longe e Ela fecha a porta da casa vazia.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Suspiro

Ela suspira. Tem saudades de estar apaixonada.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O sorriso dela

É de madrugada.
Ele não dorme. Não consegue. Pensa na vida, no passado. Nos pais. Nos amigos de escola. No trabalho. No sorriso dela.
É no sorriso dela que a sua memória fica presa. É o sorriso dela que lhe prolonga a insónia.
O sorriso dela reflectido nos olhos dele sem Ela o saber.
Ele já não se recorda do mundo à sua volta. Adormece com o sorriso dela no seu sorriso.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Recomeço

Mais uma noite. Mais trabalho. Ela veste-se para sair. Calça as botas de salto alto que combina com um mini-saia. Vai acompanhar um senhor de meia idade a reunião de negócios.
Ela sabe que já não precisa daquilo para viver. Ela não consegue baixar o seu nível de vida. Habituou-se ao conforto que um trabalho das 9h às 17h não lhe pode dar.
Ela conhece homens da alta sociedade. Deixam as mulheres e filhos em casa e desculpam-se com jantares e reuniões de negócios.
São negócios obscuros, daqueles com que ninguém sonha. Tráficos e mais tráficos e até tráficos de influências.
Ela é apresentada com nome falso e todos a conhecem como a acompanhante.
Ela pensa e repensa na sua vida. Diz que será a última vez que faz aquilo. Pensa que ter dinheiro e conforto na vida não é tudo. Ela gostava de ser bem sucessida no mundo, foi por isso que se licenciou em gestão. Talvez Ela consiga recomeçar de novo. Muda-se para uma casa mais pequena, vende o carro de alta cilindrada que tem à porta e deixa de fazer gastos supérfluos.
Vai ser apenas mais uma a tentar sobreviver numa sociedade em crise...Apenas mais uma no meio da multidão.