quarta-feira, 29 de setembro de 2010
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Tocaste o céu?
- 'Foi desta que tocaste o céu?', perguntou-lhe ironicamente olhando para a figura dela caída numas quaisquer escadas.
- 'Ainda não cheguei lá', respondeu Ela a esforço numa voz sumida...
- 'Não sei porque fazes isto a ti própria. Onde estás?'
- 'Não sei, mas ainda não toquei o céu', disse Ela com as lágrimas a cair dos olhos baços.
Desde sempre que Ela dizia que um dia tocaria o céu. Quando era pequena e lhe davam um balão, não raras vezes o deixava fugir no meio de brincadeiras. Invejava-o. Sem saudades de quem tinha partilhado bons momentos, subia, subia, subia. Subia alto num céu que Ela queria tocar.
- 'Um banho frio vai fazer-te bem' e nisto abriu a torneira de água fria de uma banheira imensa, 'acorda, ouve só o que te digo, acorda'.
Não respondeu. Após alimentar a alma com o ópio que a viciava, pensava que chegaria ao céu. Pelo menos não sentia dores. Não sentia. Apenas não sentia.
Entrou na banheira e pediu para ficar só. Deixou-a só mas com a porta aberta 'daqui a pouco venho ver como estás.'
Como estava? Estava num estado de apatia mas ainda sentia os membros descoordenados, os sentimentos desordenados e os pensamentos confusos. Sentia que a vida não a queria, ou será que era Ela que não queria vida.
A água estava realmente gelada. Depois da sensação inicial de desconforto, deixou-se escorregar até ficar submersa. Não respirava, não pensava.
Dois minutos foi veio vê-la. Preocupada com o seu estado de embriaguez do mundo, tinha medo do que poderia fazer inconscientemente. Quando a olhou entrou em pânico. Tirou-a da banheira. Não respirava. Sabia de primeiros socorros e iniciou o suporte básico de vida. Ela recuperou os sentidos. Olharam-se e Ela chorou.
Ouviu-se o barulho de sirenes. Homens fardados colocavam-na numa maca. Ao entrar para a ambulância apenas sussurou 'Toquei o céu'.
- 'Ainda não cheguei lá', respondeu Ela a esforço numa voz sumida...
- 'Não sei porque fazes isto a ti própria. Onde estás?'
- 'Não sei, mas ainda não toquei o céu', disse Ela com as lágrimas a cair dos olhos baços.
Desde sempre que Ela dizia que um dia tocaria o céu. Quando era pequena e lhe davam um balão, não raras vezes o deixava fugir no meio de brincadeiras. Invejava-o. Sem saudades de quem tinha partilhado bons momentos, subia, subia, subia. Subia alto num céu que Ela queria tocar.
- 'Um banho frio vai fazer-te bem' e nisto abriu a torneira de água fria de uma banheira imensa, 'acorda, ouve só o que te digo, acorda'.
Não respondeu. Após alimentar a alma com o ópio que a viciava, pensava que chegaria ao céu. Pelo menos não sentia dores. Não sentia. Apenas não sentia.
Entrou na banheira e pediu para ficar só. Deixou-a só mas com a porta aberta 'daqui a pouco venho ver como estás.'
Como estava? Estava num estado de apatia mas ainda sentia os membros descoordenados, os sentimentos desordenados e os pensamentos confusos. Sentia que a vida não a queria, ou será que era Ela que não queria vida.
A água estava realmente gelada. Depois da sensação inicial de desconforto, deixou-se escorregar até ficar submersa. Não respirava, não pensava.
Dois minutos foi veio vê-la. Preocupada com o seu estado de embriaguez do mundo, tinha medo do que poderia fazer inconscientemente. Quando a olhou entrou em pânico. Tirou-a da banheira. Não respirava. Sabia de primeiros socorros e iniciou o suporte básico de vida. Ela recuperou os sentidos. Olharam-se e Ela chorou.
Ouviu-se o barulho de sirenes. Homens fardados colocavam-na numa maca. Ao entrar para a ambulância apenas sussurou 'Toquei o céu'.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
É tarde
É tarde. Ela dá voltas na cama. Não devia ter bebido aquele café, pensa. A cafeína, o vício ao qual não conseguia resistir. ajudava-a a regular os sonos regulados.
É tarde. E ela pensa na vida. No que mais se poderia pensar em horas tardias? Revê o passado e sabe que não vale a pena arrepender-se. O que está feito, feito está. Pensa no futuro. Não sabe como será ou o que a espera. Já não pensa com clareza.
Ao seu lado Ele dorme. Indiferente aos pensamentos dela.
É tarde. E ela pensa na vida. No que mais se poderia pensar em horas tardias? Revê o passado e sabe que não vale a pena arrepender-se. O que está feito, feito está. Pensa no futuro. Não sabe como será ou o que a espera. Já não pensa com clareza.
Ao seu lado Ele dorme. Indiferente aos pensamentos dela.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Recordações
Quando as recordações entram de rompante há uma lágrima que rola pelo rosto dela. São coisas que estão recalcadas, pelas quais Ela não quer passar nem em pensamentos.
A vida segue o seu curso normal ou...dito normal. A vida segue e Ela segue com a vida.
Pega nas chaves e sai, não sabe as horas, apenas tem aquelas recordações que de repente lhe surgem sem a avisar. Vagueia. Senta-se no meio do nada. Chora até ficar vazia. Adormece.
É noite e está frio. Desorientada tenta voltar a casa. Encontra o caminho sem se perder.
Cabeça vazia. Deita-se e volta a adormecer.
A vida segue o seu curso normal ou...dito normal. A vida segue e Ela segue com a vida.
Pega nas chaves e sai, não sabe as horas, apenas tem aquelas recordações que de repente lhe surgem sem a avisar. Vagueia. Senta-se no meio do nada. Chora até ficar vazia. Adormece.
É noite e está frio. Desorientada tenta voltar a casa. Encontra o caminho sem se perder.
Cabeça vazia. Deita-se e volta a adormecer.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
melancolia
Ele acha que há dias melancólicos que nem a felicidade do momento se consegue sobrepor a isso...
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